quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Gael Silveira Hummel, o mais novo membro da família

Nasceu Gael, nasceu em 22 de agosto, de 2016, precisamente às 18:24, horário do  Panama, e 20:24 minutos horário do Brasil bem pesado: 3.750 kg e 55 cm, sob o signo de leão. Mais um membro para Família Ayres/Rodrigues Freitas/Pereiras e agora unida com os Hummels. Seu pais Rodrigo da Silveira e Tatiana Hummel. Gael não esta sozinho de forma alguma neste mundo. Se não fossem seus antepassados... Aqui estão eles resgatados até a 5a geração. Vamos lá.

Seus avós de 5° grau pelo lado paterno são  João José de Lima e Silva (1798-1875) e Joana Thereza Ribeiro (1807-1860), os mais antigos ancestrais da Família Ayres/Rodrigues Freitas/ Pereira Silveira. O documento  abaixo é o mais antigo registro comprovando a existência de seu ancestral, gentilmente cedido pelo Arquivo Publico Mineiro. Eles foram registrados no Quarteirão, 2, fogo 17, no Sensu da cidade de Pouso Alto, do ano de 1839.  Nele se encontram os tios de sua avó de 3° grau, Maria José de Lima, a Mariquinha, Virgolina Balbina de Lima, José de Lima e Silva, Thereza de Lima e Silva e mais 5 escravos: Adão, Vicente, Benedicto e Salustianana e José. É os avós de Gael era possuidores de escravos! Sua  avó de 5° grau, Maria de Souza Lima, ainda não havia nascido até esta data. A família migrou  em direção à Baependi e foram morar no Chapeo, hoje bairro da cidade. Lá  nasceram os seus descendentes e assim as famílias foram crescendo e se espalharam pelo mundo. Um deles é agora é o Gael nascido no... Panamá.



Seus avós de 4° grau foram José Fernandes Ayres de Lima (1835-1897), o Trançador-Pai, ou velho como o chamavam e Maria Ribeiro de Souza Lima (1841-1903), moradores de Caxambu, que lhe emprestou o nome a um bairro da cidade. Orgulhosamente, diga-se de passagem. Vejam o texto: Bairro Trançador é notícia em 1937 .

Seus avos de 3° grau foram Maria José de Lima/Ayres, a Mariquinha (1881-1846) e Ramiro Rodrigues de Freitas (?-?), moradores da rua Quintino Bocaiúva, em Caxambu. Vo Ramiro também fez parte da história da cidade. Ele foi o O Jardineiro do Parque das Águas, juntamente com Chico Cascateiro, o paisagista que desenhou  e executou as obras não somente no Parque, como também no jardim central da cidade de Caxambu.

Seus avós de 2° Grau foram Geralda Rodrigues Pereira  (1908-?)e José Eugenio Pereira (?-?).

Seus avós paternosGraça Pereira Silveira e Vanderlei Silveria. Pelo lado materno Marcos Hummel e Sonia Maria Liboni Moretti.


O Panamá e seu canal

Já que o Gael vai, por enquanto, morar longe, vamos falar um pouco sobre a sua pátria de nascimento: o Panamá, oficialmente República do Panamá. É um país que faz fronteira com a Costa Rica e a Colombia, sendo sua capital a cidade do Panamá e fica na América Central. A sua população é formada na sua maioria de mestiços de índios e europeus e agora a última mistura: brasileiro com brasileira, resultando o Gael, que vai ter dupla nacionalidade.

A região foi sempre motivo de disputas políticas. Primeiro vieram os espanhóis no século XVI. Em 1821 o Panama rompeu com o império espanhol e juntou-se com  Nova Granada, Equador e Venezuela sob o nome de República da Grã-Colonia. Dissolvida a união em 1831 o Panama permaneceu unido à Colombia. Aí os Estados Unidos meteram a colher de pau no meio da política e o Panama se separou da Colombia em 1903, quando foi permitindo a construção do Canal do Panamá, claro, por engenheiros americanos, encurtando as viagens transoceânicas. 

A primeira tentativa de construir o Canal foram dos franceses, em 1802, mas os problemas de engenharia, a alta taxa de mortalidade dos trabalhares devido as doenças tropicais, malária, febre amarela, foram os grandes impecílios para continuar a obra, além das chuvas torrenciais, enchentes, desmoronamentos. 

Em 1904 os Estados Unidos assumiram o projeto. E quem mais teria interesse em construir um canal e administrá-lo se não fosse em seus próprios interesses? O presidente Roosevelt estava convencido de que  eles seriam capazes de terminar a obra, já pensando na importância militar estratégica da região.  Dito e feito. Eles usaram o canal durante a Segunda Guerra Mundial para revitalizar sua frota no oceano Pacífico e expandir sua política hegemonista.

Em 1977, o Canal e sua administração foram transferidos para o governo do Panamá. A receita hoje do Canal representa uma parcela significativa do Produto Interno Bruto do país. Panamá é a segunda maior economia da América Central e segunda economia mais competitiva da América Latina, graças ao seu Canal. Sua principal fonte de renda, claro os serviços associados ao Canal, além do setor bancário e a zona de livre comércio.

A zona do Canal e em torno ficou sob a administração dos Estados Unidos até o ano de 1977 e em 1999 o controle foi passado para os panamenhos, como estava previsto no Tratado de Torrijos-Carter. O tratado previa a passagem gradual do controle político-administrativo para o Panama.

Ponto estratégico para os Estados Unidos eles não poderiam ficar de fora das decisões políticas e em 1989 chegaram a invadir o país, quando o país passava por uma série crise econômica, desestabilizando os governos. Ah, uma notícia boa: depois da deposição do ditador Noriega, em 1989, o Panama não tem mais foças armadas.

O canal

Construção do Canal do Panama, 1907
O Canal do Panama é um canal construído artificialmente com a extensão de 77, 1 quilómetros, ligando o oceano Atlantico ao oceano  Pacífico.

Foram necessários 10 anos para finalizar a obra e em 15 de agosto de 1914, foi oficialmente inaugurado. Com a construção do Canal as viagens marítimas foram reduzidas. Os navios não precisavam mais usar a longa e perigosa rota do Cabo Horn, lá embaixo, na América do Sul. O tempo aproximado para cruzar o canal varia entre 20 a 30 horas. Agora vocês sabem um pouco sobre o lugar onde Gael nasceu. Ele tem um pé no Panamá e outro no Brasil. Ah, ele terá os pés em muitos outros lugares...




A ponte das Américas, vai Gael, vai!

Ponte das Américas, Panamá

Gael agora vai cruzar outras pontes, outras fronteiras, assim como fizeram os seus antepassados que cruzaram o oceano Atlantico em direção ao Brasil, em direção à velha Pouso Alto, nas Minas Gerais. Eles vieram, agora vai o Gael. Vai Gael, vai!


Os pais

Tatiana Hummel e Rodrigo Silveira
Vamos listar aqui os descendentes de Gael a partir de sua avó de 3° Grau, Maria de Souza Lima, a Mariquinha e seus respectivos tios e primos:

Gael nasceu assim com uma renca de parentes. Aqui estão os antepassados listados de vó Mariquinha e portanto a lista de parentes de 4°, 3°, 2° graus. Esta lista porém tem outra função. Muitos dos nossos antepassados tem biografia própria e é um espelho da sociedade baependiana/caxambuense do século passado. As biografias estão em contexto com o seu tempo e ao ler as histórias, vocês estarão não só  conhecendo um pouco da história dos nossos antepassados, mas também a história das Minas Gerais e do Brasil. Para saber mais, cliquem nos links em azul. Estamos encarregadas, a Graça e eu de nomear os parentes do passado longínquo, a continuidade  do trabalho porém ficará a cargo das novas gerações.

Os irmãos e irmas de Maria de Souza Lima, vó Mariquinha

Emiliana de Lima (1861-1910)
Manoel Fernandes da Silva (1866-?)
Sebastiana de Lima (1869-1911)
Josephina Maria de Lima ( 1869-?)
Maria Ayres de Lima /Mariinha  (1876-?)
Maria Ayres da Silva/Mariinha (1879-?)
Roza Ayres de Lima (1882-1895)
Anna Ayres de Lima (1883-?)
Izabel Ayres de Lima (1885-?)

Os tios e tias , os primos e primas de vó Mariquinha.

Para compreendermos quem fora Mariquinha, vamos fazer aqui uma lista de todos os seus tios, tias, primos e primas, alguns com biografia própria nos links dos nomes em azul. Bom lembrar que a grande maioria dos batismos e celebrações de casamento foram feitos na Capela de Santo Antonio do Piracicaba, no bairro Piracicaba da cidade de Baependi.

tia  de vó MariquinhaVirgolina Balbina de Lima era a mais velha. Ela foi madrinha de batismo, junto com o seu irmão José Ignacio de Lima  de Sabina Maria da Conceição, mãe da Gervásia Ayres de Lima; casou com Francisco Bernardino de Faria, em 13 de setembro de 1849, com apenas 13 anos. Da união  nasceram 13 filhos. São  eles:

Os primos e primas de vó Mariquinha:

1)- Bernardino Lopes de Faria (1853.?) que se casou com Elvira Maria do Nascimento.
Lembremos que Elvira era filha de João Ferreira Simões  que era proprietário de escravos, inclusive de Justiniana Maria da Conceição e Sabina Maria da Conceição, avó e mãe respectivamente de Gervásia Maria da Conceição/ Ayres de Lima

2)  Lucianna de Faria (1856-?)
3)  Ludgero Lopes de Faria (1858-?)
4) Lucinda de Faria (1861-?)
5) Eleziel Lopes de Faria ( 1862-?)
6) José de Faria (1864-?)
7) Arminda de Faria (1867-?)
8) Sabina Bernardina de Faria (1869-?)
9) Bruno de Faria (1872-?)
10) Maria de Faria (1875-?)
11) De Faria (1875-1875)
12) Juvêncio de Faria (1877-?)
13)  Escolástica Lopes de Faria (?-1879)

tio  de  vó Mariquinha: José Ignacio de Lima e Silva (1835-?) que se casou com Fraujina Honorina de Jesus em 12 de agosto de 1860, no Chapeo, em Baependi. Da união  nasceram 4 filhos:

Os primos e primas de vó Mariquinha:

1) Anna Frauzina de Jesus (1857-?), que se casou com, pasmem, Camilo Ferreira Junior, filho de Justiniana Maria da Conceicao, avó de Gervásia.
2) Candida de Lima (1860-?)
3)- Francisco Ignacio de Lima (1862-?)
4) Ana Ignacio de Lima (1865-?)

tia de vó Mariquinha: Thereza Ribeiro de Lima/Jesus (1837-?) que se casou com José Florencio Bernardes  (?-?) em 22 de julho de 1855. Da união nasceram 7 filhos:

Os primos e primas de vó Mariquinha:

1) José Bernardes (1854-?)
2) José Bernardes (1860-?)
3)Prisciliana Izidora do Espírito Santo (1864-?)
4) Maria Florencia (1867-)
5) Bernardes (1875-1875)
6) maria Alexandrina ( ?-?)
7) José Florencio Bernardes Junior (?-?)

tio de vó MariquinhaRufino de Lima (1853-?) que se casou com Rita Carolina de Castro (?-?) em 26 de julho de 1875, na Capela de Santo Antonio do Piracicaba. Da união nasceram 7 filhos:

Os primos e primas de vó Mariquinha:

1) José de Lima (1876-?)
2) Cesar de Lima e Silva (1878-?)
3) Maria de Lima e Silva (1880-?)
4) Antonio de Lima (1882-?)
5) Benjamim de Lima (1884-?)
6) Joao de Lima e Silva (1886-1897)
7) Eudoxia de Lima (1890-?)

tia de vó MariquinhaIgnacia Ribeiro de Lima (?-?) que se casou em 1861 com Candido José Ferreira (?-?)

Os primos e primas de vó Mariquinha:

1) Bibiano José Ferreira (1862-?)
2) - Ferreira (?-1873)
3) Maria Candida Ribeiro (1864-?)
4) Candida Ferreira (1869-?)
5) Cornélio José Ferreira (1880-?)

 O tio João José de Lima  Filho (?-?) casado com Theodora Constancia de Vasconcelos (?-?)

Os primos e primas de vó Mariquinha:

1) Izabel Francisca de Jesus (?-?)
2) Ludgelo de Lima (?-1865)
3) Galdino Emydio de Lima (1869-?)
4) José Augusto Anselmo (1871-?)
5) Amélia Eugenia do Espirito Santo (1872-?)
6) Samuel Augusto de Lima (1874-?)
7) Rachel Silva (1876-?)
8) de Lima, (?- 1884)
9) Theodora Constancia de Vasconcelos (filha) (1878-?)

O tio João  de Lima (?-?)

O tio Francisco Theodoro de Lima, (?-?), que se casou em 23 de fevereiro de 1870 com Maria Gabriela Alves Ribeiro (1855-?)

Os primos e primas de vó Mariquinha:

1) Antonia de Lima ( 1873-?)
2) Marcos de Lima (1875-?)
3) Francisco de Lima (1875-?)
4) filho de Lima (1876.1876)
5) Maria de Lima (1877-1884)
6) Antonia Petronila de Lima (1879-?)
7) Agueda de Lima (1882-1882)
8) Joana de Lima (?-1883)
9) Gabriel de Lima ( 1885-?)
9) Maria de Lima II (1887/1887)
10) José de Lima (1889-?)
11 Tercilia de Lima (1892-?)
12) Dorcina Natividade (1894-?)
13 Priciliana de Lima (1897-)
14 Ercilia de Lima (1899-?)
15 João  de Lima (?-1888-?)

tia de vó MariquinhaMaria Antonia Ribeiro de Lima (1871-1903) (?)

Fonte:
Wikipedia
O texto ainda poderá sofrer alterações e acréscimos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário