segunda-feira, 30 de abril de 2018

A bela Ayres do Ayres Bella`s



Sucesso tem cores e formas. Janaina Ayres e seu studio no Rio de Janeiro, onde cabelos e unhas são embelezados. Orgulho da Família Ayres.

Em linha direta Janaína Ayres é filha de Jorge Ayres; neta de Geralda Ayres, bisneta de José Ayres, trisneta de Gervásia Maria Ayres e José Ayres de Lima, o Trançador-filho; e continuando aqui na linha de vó Gervásia, neta e 4° Grau de Sabina Maria da Conceição, ex-escrava; neta de 5° Grau de Justinianna Maria da Conceição, a Nana, ex escrava de João José de Lima e Silva, que também esta ligado à família, vejam abaixo.

Na linha de José Ayres, meu pai , - que originou a Família Ayres, ela é neta de 4° grau de José Fernandes Ayres-Trançador-velho; quem deu no nome ao Bairro da cidade de Caxambu, MG e Maria de Souza Lima; neta de 5° Grau de João José de Souza Lima, um senhor de escravos e Joana Thereza Ribeiro de Lima, sendo os mais antigos ancestrais da família até agora conhecidos, moradores na cidade de Pouso Alto, no ano de 1834.
Fotos:
Arquivo privado de Janaina Ayres

domingo, 29 de abril de 2018

Nossas águas, nossa história /Caxambu de Henrique Monat/Foram os tempos




"Divulgando os brilhantes resultados clínicos obtidos com as aguas de Caxambú, imito o exemplo dos primeiros frequentadores daquellas fontes maravilhosas, cumpro um dever de gratidão.

Procurei ser fiel; ouvi os velhos moradores do município, consultei collegas, interroguei muitos doentes, velhos frequentadores das águas; aproveitei todos os trabalhos publicados sobre o assumpto e documentos inéditos; não esqueci do nosso provecto liguista, o Sr. Dr. Castro Lopes, para reconstruir o termo Caxambú; esforcei-me, emfim, por dizer a verdade.

Sou severo algumas vezes na crítica, mas serei perdoado facilmente, porque me anima o desejo de também contribuir para o engrandecimento de Caxambú."
Texto:
MONAT, Henrique,  em "Caxambu",1894.
Foto: Solange Ayres

quarta-feira, 18 de abril de 2018

As atletas de Caxambu/ Ruth Villara Viotti e seus sonhos/ Elisa Jamal Guedes e outras


Na histórica foto, as "mais mais" de Caxambu, as moçoilas de raquete em punho dos anos de 1940. Cada uma, um destino. Pelo menos podemos escrever sobre duas delas, Ruth Villara Viotti e Elisa Jamal Guedes. Elisa foi uma grande tenista mineira e brilhou em vários campeonatos e deu muito trabalho à futura campeã de Wimbledon, da década de 1960, Maria Esther Bueno, nas finais do Campeonato Brasileiro. Ficar sentada fazendo tricô, em idade avançada, não era o seu caso. Nas horas vagas ainda praticava o esporte nas quadras de saibro do Parque das Águas. 

Já para Ruth Villara Viotti, a vida teve outros planos. Ela queria ser tenista, mas seu sonho não pode ser realizado.

"A Elisa Jamal Guedes foi uma grande tenista mineira! Graças a ela comecei nesse esporte, porém, minha situação financeira não colaborou com meu progresso, que exigia boas raquetes e que na época eram muito caras. Assim mesmo, o casal Ruth e Herbert Mesquita, do Fluminense do Rio de Janeiro, cogitaram de me levar com eles, pois viram qualidades em mim! Lamentei muito que isso não tivesse ido pra frente!!!" (*)

Dona Elisa Guedes, infelizmente, já nos deixou, mas Ruth, com mais de 90 anos esta aqui na internet, imbatível.
Ah, alguém sabe o nome das outras tenistas? Acrescentaremos ao texto as histórias que vocês contarem!
Foto:
Arquivo privado de Izabela Jamal Guedes
A segunda da esquerda para a direita, Elisa Jamal GuedesRuth Villara Viotti, segunda da direita para a esquerda.
* postado no Facebook

sábado, 14 de abril de 2018

As competições tênis na cidade de Caxambu e suas estrelas

O time do CRAC - Primeiro atras da rede é Luiz Mello, em seguida, Sergio Rosseti, com Jenny Mello Rosseti na sua frente. A jogadora do meio é Alda Guedes Mello e a do lado é Ophelia Mello Vieira Marques. Atras, entre as duas, esta Evaristo Guedes. O último à direita atras da rede o Caxambu. O primeiro à esquerda do lado é Roberto de Mello.


Nos dias 29 e 30 de março de 1944, aconteceram primeiras provas do III Campeonato Aberto de Tênis do Interior do Estado de Minas Gerais, realizado pela Federação Mineira de Tênis e... na cidade de Caxambu, mais precisamente, nas quadras do Parque das Águas. Na época encontrava-se à frente da prefeitura Renato Mauricio e Silva. Claro que um acontecimento assim para a cidade teve transmissão ao vivo pela Radio Caxambu, a ZYC2 em parceria com a Radio Poços de Caldas, a PRH5.
As equipes da cidade jogavam pelo Clube Recreativo Atletico Caxambuense, o CRAC, que tinha  como seu presidente o desportista Rangel de Magalhães Viotti. Os esportivas da cidade não eram os profissionais de hoje, ganhando somas milionárias, eram aqueles e aquelas que nas suas horas livres faziam os treinos nas quadras de saibro do Parque das Águas.

Na estréia do campeonato, houve duas provas  incluídas: a simples masculina e a simples feminina. Entre os atletas da região competiram também alguns tenistas famosos de São Paulo como Alcides Procópio, campeão nacional, Renato Catizani, campeão de São Paulo, Silvia Nesser e Ofélia Franchini, também campeãs estaduais. As equipes inscritas vieram das cidades de Três Corações, São Lourenço, UberlândiaCaxambu. As provas de cada competição eram em numero de três - simples feminina, masculina e dupla mista. Nos sorteios as tabelas ficaram assim: Três Corações jogou contra Uberlândia, com o placar de 2 x 1 para Três Corações. Caxambu caiu na chave de São Lourenço e venceu por 3 x 0, indo para a final com Três Corações. 

Na disputa feminina simples levou o primeiro lugar, 2 X 1, assim como na dupla mista; no masculino simples venceram os tricordianos. No total, Caxambu conquistou 2 taças, 12 medalhas, Poços de Caldas 1 taça  e 3 medalhas, Três Corações 1 medalha. O sabor da vitória ficou ainda maior, pois os caxambuenses venceram os tenistas da cidade Três Corações, cujo Clube de Tênis era um dos mais antigos do Sul de Minas. Os tenistas estrelas da época, que participaram do evento, eram Oswaldo Andrade, Jorge Avelar e Nem Junqueira Avelar. No feminino, Maria de Jesus Belas e Elvira Grossi.

E o ano de 1944, foi de fato o ano esportivo para os tenistas e para Caxambu.  A cidade consquistou o título de campeão do Torneio Permanente de Tênis do Sul de Minas. Como toda festividade na Caxambu dos anos 40, o evento esportivo terminou em baile no Hotel Glória. Ah que tempos!

Enquanto isso em Cambuquira...

E a vizinha Cambuquira percebeu que tênis atraia público, e a febre do esporte bateu por la. Eles iniciaram a construção de quadras e começaram a organizar torneios, que eram a atração em tempos de baixa temporada, garantindo a boa frequência do hotéis. Ótima estratégia! Assim a cidade permanecia cheia de hospedes e esportistas.


Mas não foi a primeira vez que a cidade de Caxambu sediou um evento esportivo de Tênis. Em 1924, as quadras do Parque das Águas foram palco para disputas em que participavam basicamente turistas que estavam em veraneio na hidrópolis. A moda do registro acima diz tudo e o comprimento das saias brancas estavam muito abaixo dos joelhos de Dona Elisa Jamal  a estrela do tênis caxambuense, na década de 1940...

E as saias encurtaram...
Elisa Jamal Guedes X Maria Ester Bueno 


Elisa Jamal Guedes brilhou no VI Campeonato Regional de Tênis, realizado  na cidade de Juiz de Fora, no qual saiu vencedora no individual feminino. Outras tenistas também representaram a cidade como Nadir Mello, que já tinha se sagrado campeã de Caxambu, e no Interior do Estado, em 1944; e nas duplas, novamente Elisa Jamal Guedes e Alda Guedes Mello. Fora a dupla mista, composta por Carlos Berto e Alda Guedes Mello, classificada para disputar a final em Belo Horizonte
A temporada de 1945 começava, e os resultados preliminares eram promissores.  Os vencedoras a dupla feminina: Nele e Mariazinha Magalhães que bateram a dupla de Cambuquira. Já na dupla masculina, aparece o nosso querido Doutor Abelardo Guedes, pai de Izabela Jamal Guedes, que nas horas vagas também praticava o esporte, fazendo dupla com Domingos Mello. Os dois disputaram uma parada dura contra a dupla de Varginha, Homero e João Fata: 4x6, 6x1 e 6x3. Ficando a pontuação o seguinte: 1° lugar para Caxambu, com 6 pontos, seguido de Três Corações 4, Varginha 2, e Cambuquira, na lanterninha, 0.

Em 28 agosto de 1948, foi o dia da estrela que se sagrou campeã de tênis do Interior do Estado no VI Campeonato de Tênis acontecido, em Juiz de Fora.  Novamente ela: Elisa Jamal Guedes. Mas um feito bem maior colocava Elisa entre as melhores. Chegou às finais do Campeonato Brasileiro, aos 35 anos e jogando na final contra uma jogadora 16 anos mais jovem, iniciante na carreira esportiva, Maria Esther Bueno, que se tornaria a maior tenista de todos os tempos! A partida terminou com a derrota de Elisa Jamal. Mesmo assim deu muito trabalho à futura campeã, que venceu os torneios,  em Wimbledon nos anos de 1959, 63, 64 e 66, e em duplas 1960, 1962 e 1968. Perder para uma fera dessas era até uma honra.

Em idade avançada Elisa ainda praticava esporte. Aos domingos eu a via sair ali de sua casa em direção ao parque, vestindo sua sainha branca ainda acima dos joelhos, e de raquete em punho. Fines Mädchen!*
Fotos:
Fotos Antigas de Caxambu
Wikipedia: Gelderen, Hugo van/Anefo, 1967.
Arquivo privado de Izabela Guedes
Fonte:
Esporte Ilustrado, 1944
O Patriota
* Fina moça

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Salvamento no último minuto / Do Parque das Águas para o Mundo / Para a Alemanha/ Natürliches Kohlensäurehaltiges Mineralwasser


Lá vem o Dil Sacramento tirando as coisas do baú. E que coisas! Os rótulos eram os usados nas garrafas que iam para exportação, depois de engarrafadas nos próprios fontanários. Rótulos e mais rótulos da melhor água do mundo. Imaginem que o rótulo ao alto esta em alemão! Assim escrito: "Natürliches Kohlensäurehaltiges Mineralwasser", isto é: Água mineral com gás natural. Isto significa que as nossas águas eram exportadas para a Alemanha! Mas que previlégio os alemães tiveram e beber estas preciosidades.  O detalhe: produção anual de seis milhões de garrafas! Em cada fonte engarrafada, levava seu rótulo personalizado, com especificações devidas de suas propriedades: Fonte Dom Pedro, Mayrink 1, 2 e 3, Fonte da Beleza, chamada de Intermitente, Fonte Duque de Saxe, sulfurosa, Fonte Dona Izabel, férrea-gasosa e Fonte Dona Leopoldina e Fonte Viotti.

Mas o mais estarrecedor aqui foi o resgate dos rótulos no último minuto da história. Dil Sacramento trabalhou,  na década de 1980, no Parque, como almoxarife, quando da implantação da Superágua, pela empresa Supergasbras. Os rótulos e a história já iam para o fogo, isso mesmo, para incineração, como "sobras desnecessárias" que estavam no almoxarifado, assim relata Dil, quando no último minuto, ele salvou esta maravilhosa coleção que vem retratar a diversidade real existente em nosso Parque. Oque foi queimado não podemos ter idéia, arquivos irremediavelmente perdidos. Isso mostra como a memória e história de nossas águas foram e são tratadas pelas empresas que as exploraram: "sobras desnecessárias", "penduricalhos" e outros adjetivos. Graças a Dil, um pedaço da história foi resgatado. 
Foto:
Arquivo privado de Antonio Sacramento, publicado no livro de Maria de Lourdes Lemos in Fonte Floriano Lemos, Volume 1 - O Parque das Águas de Caxambu, Rio de Janeiro, 2001.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

100 Anos da Igreja Presbiteriana do Chapeo/ Baependi


De tantas histórias contadas e vividas, a Igreja Presbiteriana do Chapeo ocupou e ocupa um lugar especial na vida espiritual dos antepassados da Família Ayres/Lima, até nossos dias. No 29 de abril de 2018, às 13:30, ela vai soprar as velinhas de seus orgulhosos 100 anos. Estão todos convidados a participarem do Culto.

Fonte:
Loide Lima

domingo, 8 de abril de 2018

As preciosidades recebidas de Maria de Lourdes Lemos



Hoje a minha pequena biblioteca recebeu de Maria de Lourdes Lemos grandes preciosidades, escritas em diferentes tempos e ainda off-line. Livros e mais livros, seis deles, que nos serão de grande ajuda, fonte de informação para enriquecer ainda mais o nosso Blog. Maria de Lourdes Lemos   é filha do ilustre cidadão Floriano Lemos, cujo Gêiser existente no Parque Dr. Lysandro Carneiro Guimarães, em Caxambu, traz o seu nome. 

À Maria de Lourdes Lemos o meu Dankeschön! 
Saudações d`Este País, Alemanha.

Os Livros:
- Fonte Floriano de Lemos Volume I / O Parque das Águas de Caxambu, Rio de Janeiro, 2001.
- Estudos Arqueológicos do Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro, 2002.
- Cadernos da Academia Caxambuense de Letras - Crônicas publicadas, Rio de Janeiro, 2006.
- Cadernos da Academia Caxambuense de Letras  - A cidade de São   Thomé das Letras, MG, Rio de Janeiro, 2006
- Caxambu: de Água Santa a Patrimonio Estadual - Série Fonte Floriano Lemos - Volume II, Rio de Janeiro, 2007.
- Crônicas Caxambuenses- Série Fonte Floriano Lemos - Volume II, 2013.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

As cores das Lembranças / Uma casa no Chapeo


Lembranças tem cores. O relevo montanhoso da região ao fundo, hoje pertence ao Parque Nacional da Serra do Papagaio e ainda hoje conserva sua beleza, atraindo turistas e amantes da natureza. Para a Família Ayres/Lima estas serras tem um significado especial. Não somente porque são belas, mas também porque nos contam muitas histórias do nosso passado.

A casa pertenceu a Pedro Francisco de Lima e  Lina Amelia de Lima. Ele filho de Francisco Ignacio de Lima (1862-?) e Emilia Prudenciana de Jesus (?-?), neto de José Ignacio de Lima (1835-?) e Fraujina Hororina de Jesus (?-?) e bisneto de João José de Lima e Silva (1798-1875) e Joana Thereza Ribeiro de Lima (1807-1860). Mas quem era essa gente toda? Ah, vamos contar...

Este pode ser o único e os mais antigo registro de uma residência da Família Lima/Ayres na Região. A casa foi construída no Bairro do Chapeo, hoje zona rural de Baependi, onde os seus bisavós João José de Lima e Silva (1798-1875) e Joana Ribeiro de Lima (1807-?) se mudaram com seus filhos e escravos, por volta do ano de 1853. João José de Lima e Silva é, até agora, o mais antigo ancestral da Família Ayres/Lima e suas ramificações. Eles constaram no sensu de Pouso Alto, no ano de 1839, antes de se mudarem para o Chapeo. E tinham endereço! Eles moravam no Quarteirão 2, Fogo 17 e a família tinha três crianças: Virgolina Balbina de Lima, José de Lima e Silva, avô de Pedro, Teresa Ribeiro de Lima e mais cinco escravos: Adão, Vicente, Benedito, Celestina, e o pequeno José de dez anos.

Maria Ribeiro de Lima/Ayres, que se casaria com José Fernandes Ayres, meu bisavô, apelidado de Trançador (que deu origem ao nome do Bairro Trançador), originado o ramo da Família Ayres, ainda não havia nascido.


Quais os motivos da família ter se mudado para o Chapéu não sabemos, mas a história nos dá algumas pistas. A região tornou-se grande produtora de tabaco e produtos que abastecia tanto o comércio regional, como a Corte do Rio de Janeiro, nos tempos do Brasil Colonia. Nos nossos arquivos, o bisavô de  Francisco, João José Lima e Silva, era possuidor de um plantel relativamente grande de escravos, vinte, quinze a mais de que quando foram registrados em Pouso Alto. Poderíamos dizer que eles não eram tão pobres assim, pois adquirir escravos era necessário ter "cabedal", isto é, dinheiro e os escravos eram caros no mercado. Então estaria tudo ligado.

A história

A cidade de Baependi desenvolveu-se às margens da primeira grande via de comunicação regular do Brasil, a Estrada real, que ligava Minas ao mar, citando o poeta Milton Nascimento, ao porto da cidade de Paraty, onde o ouro e os produtos agrícolas eram exportados ou contrabandeados, como queiram, para Portugal.

Mas este tempo foi o tempo do ouro. Na região de Baependi, as lavras eram superficiais, e ouro mesmo quase ninguém viu. As esperanças de encontrar o metal precioso em grande quantidade se esvaíram e, do sonho de se enriquecer, ficou somente a dura realidade: sobreviver. Nossos antepassados dedicaram-se a produção de tabaco, milho, feijão, criação de gado como todos os produtores da região.

Henrique Monat descreve em seu Livro Caxambu, publicado no ano e 1894, sobre o fim da opulência da região. Quando ele chegou à Baependi, a cidade já sofria a decadência ha duas décadas. O golpe final para ele foi a libertação dos escravos, ainda bem.

"Baependi, hoje em decadência, floresceu até uns vinte anos passados; o tabaco fez-lhe a reputação de município opulento, e na história do império os grandes princípios democráticos ali encontraram defensores heróicos. Foi berço de homens ilustres nas ciências e na política. Hoje, não tem tabaco para dous cigarros, e vive de recordações, a ver crescer a fama de Caxambu, como uma mae velha e exausta ve, cheia de orgulho e espererancas, elevar-se o filho que amamentou.
As charutarias do Rio se expõem rolos de cigarros que de Baependi só temos dizeres do rótulo; e infeliz cidade nem energia tem mais para protestar o papel gratuito de testa de ferro."
A lei de 13 de maio foi o golpe de misericórdia dado a sua lavoura, ja decadente".

Hoje restam as nossas lembranças, e a casa do avô pintada, colocada na parede como parte das memórias da Família Lima/Loesch, de Caxambu. Estava tudo ligado, tudinho.
Foto:
Arquivo privado da Família Lima/Loesch

domingo, 1 de abril de 2018

Uma Caxambu de outro século pelo olhar de Dil Sacramento



Quem passeia por Caxambu talvez nem perceba o quanto a cidade ainda conta história. Alguns casarões ainda estão lá... impávidos, superando a dor do tempo, o gradil das janelas, os detalhes das fachadas... 

A casa da Família Branco situada na Rua Major Penha é uma delas, e a outra situada na Rua Conselheiro Mayrink (1839-1906), nome de uma figura ilustre para a cidade. Mayrink foi deputado eleito para a primeira Assembléia Constituinte da República e, posteriormente, deputado por Minas Gerais. Era banqueiro, e tomou parte em inúmeros empreendimentos, como iluminação e gaz, imprensa, transporte, lavoura,  industria têxtil, usinas e fábricas. A ele a cidade deve melhoramentos como a captação das fontes e a exploração das águas minerais. Em homenagem ao seu benfeitor,  ganhou nome de fonte e rua na cidade de Caxambu.

A cor amarela esta bem combinando com o tempo. Preciosidades como essa que todo caxambuense deveria  admirar e ajudar a preservar, pois são uma das últimas testemunhas do século passado.
Se não fosse os olhos de Dil Sacramento...

Fotos: 
Dil Sacramento para o nosso Blog